Bairro do Tucuruvi é um risco para ciclistas
quarta-feira, 15 de junho de 2011Apesar do acidente que matou um empresário que pedalava ter ocorrido na região central da capital paulista na segunda-feira (13), dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) apontam que a periferia da cidade é onde estão concentrados os acidentes fatais com ciclistas. Em 2010, 49 pessoas que andavam em bicicletas morreram no trânsito de São Paulo.
O ciclista Antonio Bertolucci, de 68 anos, foi atropelado por um ônibus em uma alça de acesso à avenida Sumaré, na zona oeste de São Paulo. Bertolucci era presidente do Conselho de Administração do Grupo Lorenzetti, fabricante de duchas e chuveiros. O corpo dele foi enterrado nesta terça-feira (14).
O acidente que vitimou o empresário aconteceu dentro dos limites da subprefeitura de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. No entanto, o mais comum em São Paulo são que os acidentes aconteçam em regiões mais afastadas do centro. Pinheiros faz divisa com a subprefeitura da Sé, que administra a região central da cidade.
A pedido da reportagem, a CET enviou uma lista de vias onde aconteceram acidentes fatais. Tabulamos esses dados e constatou que a subprefeitura de São Miguel, na zona leste, é a que teve mais casos, cinco no total. Em segundo, estão Capela do Socorro, na zona sul, e Pirituba, na zona norte, ambas com três casos.
As subprefeituras da Sé e as que fazem divisa com ela somam nove casos, o que representa 18% do total de mortes. Mooca, na zona leste, e Pinheiros, na zona oeste, tiveram cada uma dois casos. Ipiranga, na região sul; Sé, no centro; Casa Verde, na região norte; Tucuruvi/Santana, também na região norte, e Vila Mariana, na zona sul, tiveram um caso cada uma.
A CET enviou apenas o nome da via. A tabulação desconsiderou três acidentes que aconteceram em vias que atravessam mais de uma região (marginal Pinheiros, rodovias dos Bandeirantes e Fernão Dias). Outros três acidentes foram registrados como “local desconhecido”.
O diretor da ONG CicloBR, André Pasqualini, afirma que apesar de não ter as informações deste ano, a tendência nos últimos anos também é de que os acidentes se concentrarem na periferia, regiões onde o uso da bicicleta é mais comum e a infraestrutura mais precária.
Fonte: R7